Vamos fazer o resumo destas últimas 2 sextas-feiras de jogos, que foi interrompida devido a que na sexta-feira Santa todos fomos cumprir com nosso dever religioso e paroquial, ou .... não. Para fazer face a este pequeno pormenor foram realizadas duas sessões extraordinárias em duas quartas-feiras.
A Primeira quarta-feira com a presença de Marco "Bronco Billy Anderson" Pereira, Zé "Zachariah" Martins e Mário "Maverick" Bastidas, foi jogada numa das sucursais da garagem, onde foi estreado o GREAT WESTERN TRAIL, um jogo muito bom, com um excelente design e algumas mecânicas novas e com uma boa jogabilidade. Para ser um jogo de cowboys, não há nem tiros nem mortos, pelo contrário temos de fazer uma viagem do Texas até Kansas City, com a missão de vender o nosso gado (set collection) pelo melhor preço e depois coloca-lo num comboio e despacha-lo para uma cidade. No meio da viagem entre Texas e Kansas City, podem ser feitas várias acções, como contratar pessoal que vai ajudar no mercado de gado, ou a construir nossos edifícios ou mesmo andar com o nosso comboio o mais longe possível e assim baixar o custo dos portes do gado vendido, trocar cartas, obter certificados que melhoram a qualidade do nosso gado, comprar novo gado, etc. Esta viagem entre Texas e Kansas poderá ser realizada de 5 a 7 vezes por cada jogador até o final de jogo que é activado quando não houver mais espaços disponíveis para colocar o pessoal que poderemos vir a contratar. Para finalizar é um jogo que tem inúmeros caminhos de vitória, pois se ganham pontos de muitas formas, por isso a estratégia do jogo sempre poderá ser diferente de jogo para jogo. No fim a vitória sorriu para o Maverick. Ficando com a certeza de um jogo para repetir mais vezes.
Na segunda quarta-feira; de volta a garagem; com o presença de Marco Pereira e Mário, outra estreia TERRAFORMING MARS, catalogado como um dos melhores jogos do ano 2016. Neste jogo cada jogador representa uma corporação que durante várias gerações investe no desenvolvimento de Marte para o tornar um planeta habitável com uma atmosfera parecida a da Terra. Para tal no inicio do jogo cada jogador recebe uma carta de corporação que lhe vai dar os benefícios iniciais e outros no decorrer do jogo e recebe 10 projectos que poderá comprar (todos ou alguns) e coloca-los mais tarde em execução para melhorar as condições do planeta (temperatura, nível de oxigénio ou oceano) e assim melhorar o TR (terraforming rating) da corporação e/ou se beneficiar do mesmo ou para prejudicar as outras corporações. O jogo é muito simples de assimilar, pois cada ronda conta com 4 fases, que na realidade são 3, porque o mudar o token de primeiro jogador é considerada uma fase de jogo. As outras são, a fase de investigação, onde no inicio de cada ronda os jogadores recebem 4 novos projectos nos quais podem investir (da mesma forma que os iniciais), a seguir vem a fase das acções, onde cada jogador pode fazer 1 ou 2 acções, até no fim ser obrigado a passar por falta de opções, nesta fase existem 6 tipos de acções possíveis; jogar um projecto da nossa mão (jogar uma carta), usar um projecto standard impresso no tabuleiro, reivindicar uma conquista, financiar um prémio, converter 8 plantas (recursos) numa vegetação e converter 8 recursos de calor para aumentar a temperatura do planeta; e para finalizar a última fase é a de produção, onde todas as corporações recebem os frutos de seu investimento. O jogo finaliza quando ocorrem os três acontecimentos (condição obrigatória): o nível de oxigénio atinge o valor máximo, a temperatura atinge o valor máximo e não houver mais oceanos para colocar no tabuleiro. Quando estes três acontecimentos estiverem realizados é activado o final do jogo, acabando com a conclusão da geração actual, no final é realizada mais uma fase de produção, que pode alterar a ordem nos prémios no fim do jogo, e depois cada corporação pode construir mais uma vegetação em Marte. Neste primeiro embate o Marco "Gagarin" Pereira levou a melhor sobre o Mário "Armstrong" Bastidas.
Regressando as sextas-ferias ditas normais, após cumprir a paragem por motivos religiosos, a garagem é aberta na presença de Marco Pereira e Mário, com uma estreia, um jogo de Uwe Rosenberg lançado no último ano chamado COTTAGE GARDEN, cada jogador neste jogo tornasse um jardineiro, mas não um jardineiro qualquer, neste jogo temos que encaixar uma das peças as quais temos direito de escolha no nosso turno no nosso canteiro (tabuleiro), tipo tetris, a semelhança com o Patchwork é notória, mas a mecânica muda radicalmente. Neste jogo simples e de partidas rápidas, cada jogador no inicio recebe 2 canteiros e 2 gatos, sim .... gatos, que podem ser usados como joker para fazer o reabastecimento de plantas no viveiro ou para preencher o tabuleiro apanhando os os ratos do nosso canteiro. O objetivo do jogo é preencher os canteiros e pontuar pelos vasos de flores que fiquem a vista e pelas pequenas estufas, ambos pontuam em tracks diferentes. O jardineiro dono de viveiro é um dado que vai mudando de número quando da a volta ao tabuleiro indicando o espaço de quem é a vez de jogar e controlando o inicio do round final que é atingido quando ele muda para o valor 6. O jogo em si é composto por 4 fases, que por norma podem não acontecer num único turno, a primeira fase é fazer o reabastecimento de plantas no viveiro, só sendo possível realizar esta acção pelo jogador no inicio do ser turno se uma das filas ou colunas tem 3 ou 4 espaços vazios, ou utilizando um gato; como acção adicional; quando existem 1 ou 2 espaços vazios. A fase seguinte passa por apanhar uma flor do viveiro e coloca-la no canteiro, uma vez colocada não pode ser movida, ou pegar num vaso de flores e coloca-lo no canteiro, como se fosse uma peça 1x1, nesta fase como acção adicional é possível colocar gatos no nosso canteiro para completar os canteiros. Depois vem a fase de pontuação caso seja preenchido um canteiro, onde existe um track para cada ícone que fique a mostra no canteiro (vasos ou estufas), os pontos só podem ser usados por 1 dos 3 cubos de cada cor que existem para ir marcando a pontuação. A seguir o jardineiro anda um espaço para dar a vez ao outro jardineiro. De referir o round final, que acontece quando o jardineiro passa para o valor 6, aqui são retirados do jogo todos os canteiros com menos de 3 plantas por cima dele, os jardineiros que ficarem com canteiros por fechar, antes de cada turno perdem 2 pontos, num track a escolha do jogador, até completar o canteiro e colocando a pontuação nos tracks. No fim do jogo ganha o jogador com mais pontos acumulados nos 2 tracks. Nesta batalha de jardinagem após ficar com as mãos cheias de calos e terra a vitória foi para o Mário.
A seguir já com a garagem quase cheia, só a falta do Zé, aparece mais uma estreia fresquinha, SCYTHE, outro dos melhores jogos do ano 2016, com um excelente artwork, miniaturas espectaculares, design bem conseguido e onde o factor sorte não existe. Neste jogo somos transportados para uma realidade alternativa nos anos 1920s, após a primeira guerra mundial, onde cada jogador representa uma facção do Leste Europeu intentando ganhar fama e fortuna a volta duma cidade chamada a Fabrica, que foi responsável por alimentar a guerra com Mechs fortemente blindados. No decorrer do jogo as facções podem conquistar territórios, incrementar poder ou popularidade, obter novos recrutas, produzir ou trocar recursos, ganhar novos trabalhadores, construir estruturas e activar Mechs. No inicio do jogo são sorteados os tabuleiros das facções e os tabuleiros de jogo, que irão dar os recursos iniciais de cada jogador (moedas, poder, popularidade e cartas de objectivo e combate). A característica principal do jogo é o mecanismo de selecção de acção simplificado (sem rodadas ou fases) para manter o jogo em movimento a um ritmo acelerado e reduzir o tempo de inactividade entre as voltas. O objetivo do jogo é realizar 6 dos 10 objetivos principais impressos no tabuleiro, quando isto acontecer o jogo acaba automaticamente. Esta primeira aventura não foi das melhores, tempo demais entre jogadas, falta parcial em temas cruciais a nível de regulamentos, pouca leitura e conhecimento do tabuleiro dificultaram um pouco o trabalho e a escolha da estratégia dos jogadores, e só depois de mais de 4 horas de jogo, apareceu o vencedor da noite, Marco Coimbra, colocando a última das estrelas nos objetivos realizados (não necessariamente quem coloca a última estrela ganha o jogo), mas neste caso foi, somando a maior quantidade de pontos. Esperamos que as próximas edições do jogo que regressará a garagem brevemente sejam mais rápidas e esclarecidas.
Para fechar a noite, mais uma aventura no T.I.M.E Stories - The Marcy Case, onde a estratégia que se tinha pensado para dar continuidade ao jogo anterior saiu totalmente furada, perdendo mais um round para este jogo que com certeza irá tirar mais algumas horas de sono aos fieis jogadores da garegem do marco.
Pedimos desculpas pela falta de imagens a acompanhar os relatos mais o fotografo de turno decidiu tirar uns dias de folga devido ao choque emocional sofrido na Páscoa.
Já agora não esqueçam .... joguem bem e não mirem com quem .... :)
Até a próxima
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